Confins
Estado
de Minas, 19/10/2011
Mesmo com licitação de obras para
Confins e Galeão, a expansão dos terminais não deve estar concluída até o
início de 2014. Modelo de privatização vai incorporar mais exigências
Mesmo
que sejam concedidos para administração da iniciativa privada, os aeroportos de
Confins e Galeão (RJ) – próximos na lista de licitações – dificilmente terão as
obras de expansão concluídas a tempo da Copa do Mundo de 2014. Isso porque os
novos operadores só assumiriam os terminais a poucos meses do evento esportivo,
o que praticamente inviabilizaria qualquer obra de melhoria voltada para a
competição mundil. Até lá, a Infraero continuará a frente das obras de
infra-estrutura aeroportuária que, no aeroporto internacional Tancredo Neves,
em Confins, estacionaram na licitação do Terminal 3, o “puxadinho”.
Disposta a
desembolsar R$ 48 milhões pela construção do terminal remoto, a Empresa
Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária viu as empresas interessadas no
negócio desistir, uma a uma, e foi obrigada a suspender a licitação. Nenhuma
das sete concorrentes se dispuseram a cobrar o valor estipulado pela estatal.
As propostas apresentadas variaram de R$ 79 milhões a R$ 179 milhões, valores
que foram, no mínimo, 65% superiores ao que a Infraero pretendia pagar.
Depois de várias solicitações de desconto, o menor valor, de R$
58,49 milhões, foi apresentado pela Sial Construções. Com o impasse, novo
edital será aberto tão logo a licitação seja reavaliada. Ainda assim, a estatal
mantêm a expectativa de concluir a construção do puxadinho até dezembro do ano
que vem.
Quanto à possibilidade cada vez mais remota da iniciativa
privada acelerar as obras para 2014, o subsecretário de Investimentos
Estratégicos da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do estado, Luiz Antônio
Athayde garante que a programação de investimentos não está subordinada à
concessão do aeroporto. “Nós teremos um conjunto compacto de obras até o evento
e se espera que isso atenda adequadamente o fluxo de turistas”, afirma ao citar
a reforma do terminal 1, a construção do terminal 3 de caráter provisório e a
conclusão dos novos acessos ao aeroporto.
Apesar disso, reconhece a importância da licitação para acelerar
os investimentos pós-Copa. “Oferecerá condições mais estruturadas para os
investimentos que estão previstos para que Confins atenda 20 milhões de
passageiros até 2020”, acrescenta.
Confins
Modelo antigo
O modelo de concessão dos aeroportos de Confins e Galeão, no Rio
de Janeiro – próximos na lista de licitações para a iniciativa privada – será
semelhante ao usado no leilão dos terminais de Brasília, Guarulhos (SP) e
Campinas (SP). Para evitar uma debandada dos investidores, o governo abortou a
possibilidade de a Infraero ter participação acionária de 51%, sendo o sócio
majoritário. “Quando o estado é o majoritário, acaba tendo um diálogo desigual
no momento da negociação, deixando de ser parceiro e sendo dominante. O
dispêndio é muito alto por parte do investidor, para que o governo termine
ditando as regras”, pondera o economista da Austin Rating, Felipe Queiroz.
As mudanças devem se restringir a um acirramento das regras.
Entre elas, os interessados devem comprovar experiência na administração de
aeroportos com movimento numa faixa entre 30 milhões e 40 milhões de
passageiros por ano, em vez dos 5 milhões do primeiro leilão. Ainda poderá ser
exigido que o vencedor do leilão contrate executivos profissionais para
administrar os aeroportos.
Confira o preço do táxi até os estádios sedes da Copa do Mundo de 2014
O Rio de Janeiro vai sediar dez jogos nas duas competições, inclusive as finais. Do aeroporto Santos Dumont para as redondezas do Maracanã, o torcedor gasta a partir de R$ 27. Saindo do aeroporto do Galeão, o preço sobe para R$ 38.
Nove partidas serão disputadas em Belo Horizonte, incluindo uma semifinal em cada torneio. Do aeroporto de Confins para o entorno do Mineirão, uma corrida custa R$ 86.
São Paulo vai sediar seis jogos na Copa do Mundo, com direito à abertura e a uma semifinal. Para chegar perto da Arena Corinthians de táxi, saindo do aeroporto de Congonhas, a corrida pode custar R$ 73. Do aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, o preço é fechado: R$ 89. Para chegar ao estádio de maneira mais barata, sem congestionamentos, o jeito será usar o transporte coletivo, como ônibus especiais, trens e o metrô.
REFERÊNCIAS
http://www.em.com.br/app/noticia/economia/2012/10/19/internas_economia,324341/aeroportos-do-rio-e-bh-estao-fora-da-expansao-para-a-copa.shtml. Disponível em 19 de outubro de 2012.
http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2012/10/confira-o-preco-do-taxi-ate-os-estadios-sedes-da-copa-do-mundo-de-2014.html Disponível 20 de outubro de 2012.
Interessante! Eu não sabia as cidades do Sul de Minas que contam com aeroportos! Três Corações precisa agir e muito rápido! Sônia Mendes TC
ResponderExcluirE a questão dos aeroportos no Sul de Minas, rodoviárias, mobilidade urbana, não só para a Copa, mas para a questão econômica, do desenvolvimento e qualidade de vida locais regionais é uma questão mais do que urgente, que já deveria estar sendo tratada pelas Equipes de Transição. Fábio Carvalho
ResponderExcluirReformas de aeroportos? E Três Corações? Esta questão do aeroporto é urgentíssima, uma nova rodoviária, um centro de convenções, isto só no aspecto turístico imediato. E não se vê movimentação neste sentido na cidade de Três Corações. O grande evento mundial é de futebol, o rei do futebol nasceu aqui e? E? E cadê as obras? Cadê as providências? Tudo isso é emprego, renda, desenvolvimento para os tricordianos! Paulo Cunha
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